quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Outra vez mais
Cada despedida são várias, estou seguro. Cada uma carrega em si a incerteza da volta, a dúvida da insensibilidade, poderia ter vivido mais, poderia ter sentido mais, ser menos... cada olhar desviado são todos os olhares passados, incomprendidos, criando uma vez mais a falta de sentido do último beijo, da última palavra inútil, da tentativa de terminar nunca mais ali. Cada despedida é um estar perto do que foi um dia, não o fim, mas outra coisa, inventada e esquecida lentamente pela falta de vontade, pelo desânimo, por uma maldade sem culpa desejando que nâo fosse nunca e que acabasse sempre no mesmo instante em que nasceu. Cada despedida são várias vidas inventadas.
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2 comentários:
Sem despedida, não há começo. Sem começo, não há despedida. E a gente vai levando, levando...
são tantas vidas esquecidas, mais tantos beijos como últimos, como tantos toques de saudade, de tantos fins inventados...
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