domingo, 29 de junho de 2008

Imcompleto...

Não está dentro de mim, não vem daqui essa vontade de rodar. Nao sei dançar! É a chuva que molha meus pés, que encharca meu corpo. É a chuva densa daqueles lados de lá, de água negra e avermelhada, é ela que cai em mim. Tenho ainda o seu gosto e o seu ruído surdo, dessas tardes quentes, da minha janela sem vidros. Não está dentro de mim isso que me faz querer chorar, isso que tira meus pés do chão, que escorrega devagar o piso sob mim. O que é essa saudade do som de uma terra, surda aos ouvidos desacostumados, o que é a ausência da palavra? Qual é o vazio que nunca soube porque sempre esteve comigo? Qual a única certeza que me faz rodar...?

terça-feira, 10 de junho de 2008

Bastante

Que porçao de vida seria essa que nao transborda, que cabe conforme. Essa coisa sem nome que se diz felicidade, que me olha de longe e nao busca nada em mim, nao enxerga depois de meus olhos. Que seria isso senao uma vontade falsa, um desejo inconsistente de vida. Nao blasfemo contra lares incontestaveis, nao quero ser o tambem falso suicida. Mas digo da necessidade de morte, do incontido, do nao ser, aquilo que falta e que sobra na beleza e tristeza do mundo.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Mi casa

Es inutil. Esa mirada no me sirve más. Esa mirada nunca me ha ayudado. Ya se terminó el tiempo de miradas. Asi no me ayudás, ya no podés. Sigo solo buscando mis pequeñas cosas en tu mundo. Vos me has dejado aca parado. Me has visto de boca abierta, pero mudo y sin oidos para tu lengua extranjera. Es inutil, hablo otro idioma. No me mires así, no me juzgues. No cierres los ojos. Es inutil. Dejame seguir guardando estas extravagancias, dejame cuidar de mi casa. Es con esto, con estas inutilidades que he vivido lejos de ti, con estas pobres formas sin vida que creo mi felicidad, de a poquito, muy lentamente, cosechando todavia en tu hogar. Es así que invento mi pedazo de vida sin vos, con mis miles y miles de pequeñas cosas tuyas.