segunda-feira, 21 de abril de 2008

Despedidas

Nao sei por que corria, por que seguia passo a passo a corrente de minha rotina criada. Nao têm sentido as coisas feitas por ultima vez. Simplesmente seguia. Meus passos eram os mesmos, o mesmo tênis vermelho a mesma calçada a mesma lagoa suja. Mas à medida que meus pés iam deixando um a um o chao firme, saltando em vôo rapido para cair outra vez em terra nova, bucando talvez um outro caminho mais adiante, ia deixando coisas ali, naquele lugar já velho, ia me desfazendo, me largando me lembrando. Nao têm sentido as coisas feitas por ultima vez. Por que corria se já nao era o mesmo, se já era de novo um menino sem vicios sem futuro. Nao sabia em que epoca viver, em que momento especifico, se naqueles tempos de lagoas e calçadas ou se nos meus tempos de incompletudes e futuros. Por isso seguia, penso agora, seguia no espaço de tempo entre um levantar de calcanhares inconscientes e o choque ou caida ao piso sem contentamentos. Esse dia veio como muitos outros viriam depois e mesmo antes quando eu nao suspeitava que haviam chegado, que haviam estado; os dias sem gloria, os dias sem gozo, os dias sem sentido de despedidas.

2 comentários:

Fabrissa Valverde disse...

Hello stranger!

Se “Rompebolas” for o que eu imagino que seja, a magia do gude vai se derramar por aqui... Já era tempo. Meus olhos em festa!
Seja bem vindo às modinhas, borbotão!!!

Me encantan tus canicas...
Besos.

Fabrissa Valverde disse...

Eu só espero que o site que faz o milagre de me fazer falar espanhol esteja certo e canicas seja mesmo gude! rs... rs...