Pois é...ela foi saindo da minha vida. Saiu. Mas o seu rosto ainda permanece aqui bem perto dos meus olhos, tão perto, quase dentro de mim. E eu que disse que queria ela assim, que queria ver cada parte do seu rosto tão perto que mim, misturadas comigo mesmo, aqui nesse ponto de vista irreal da sua pele tocando levemente meu desejo de eternidade, e eu que disse tanta sinceridade, deixei ela ir, fui. E você me diz que quem sabe, na melhor das hipóteses, nesse mundo grande de devaneios, idas nunca vindas, eu queria, sem saber se quero, estar, seguir ali naquele lugar ainda aqui, tão perto do seu rosto sorrindo, você diz que eu deveria ignorar a terra ocre, deixar voar minha carne a lugares imaginários, dizer do seu destino, fazer-me parte de algo que não sei, confuso, cair de cara no fim do mundo sem o toque leve de todas as partes do seu rosto. Não me subestime, não diga o que eu sempre sei. Ela vale mais do que o meu desejo, ela é mais que a minha vida de agora, deixa ela ir, deixa doer, estou tentando, estou deixando, estou indo. Pois é...eu vou, sem querer ir, pra onde ela está, inevitavelmente, pra dentro de mim.
Um comentário:
Que final,heim...O bacana é que o que está dentro muda... E fica-se em lembranças.. Quando pode "sair de dentro de si".. De novo!
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